O paradoxo da mudança: como aceitar a vida que você deseja mudar?


Sabe aquela sensação de que algo precisa mudar na sua vida? Aquele desejo inquieto de um novo emprego, de mais liberdade, de relacionamentos mais verdadeiros ou de uma rotina menos estressante?

Quase todo mundo carrega essa vontade de virar a página, de construir uma vida diferente. É um desejo natural e que, muitas vezes, nos move para frente.

Mas há um bloqueio silencioso que nos impede de avançar, e ele pode ser o maior de todos: a resistência em aceitar a vida que temos agora.

Pode parecer o maior dos paradoxos. Como posso aceitar uma situação que me incomoda, que me faz mal, ou que simplesmente não é o que eu quero, se o meu objetivo é justamente mudá-la?

Essa pergunta é a armadilha em que muitos de nós caem. Ficamos presos em uma batalha interna, lutando contra o presente em vez de usá-lo como um ponto de partida. 

Aceitação não é resignação

A chave para desvendar esse mistério está em entender a diferença fundamental entre aceitar e resignar-se.

Resignação é desistir. É cruzar os braços e dizer:

"É isso. Não há nada a fazer."

É um estado de passividade, de derrota.

Já a aceitação é um ato de consciência. É reconhecer a sua realidade presente, com todas as suas imperfeições, sem julgamento. É um olhar honesto para o "aqui e agora", sem a carga emocional da negação ou da frustração. É dizer:

"Essa é a minha situação hoje. É a partir daqui que eu vou começar a construir."

Essa perspectiva, ensinada por muitos mestres espirituais e filósofos, nos diz que só na paz da aceitação encontramos a energia necessária para a mudança.

Quando você para de lutar contra o que é, libera uma quantidade imensa de energia que estava presa no ciclo da insatisfação. Essa energia, antes gasta na resistência, se torna o combustível para criar a vida que você deseja. 

A vida é como um jardim

Imagine que sua vida atual é um jardim que precisa de cuidados.

Você pode se irritar com as ervas daninhas, com as flores que murcharam ou com a terra ressecada. Pode passar todo o seu tempo reclamando e se culpando pelo estado dele. Mas essa atitude não fará com que o jardim floresça.

A mudança real começa quando você aceita o jardim como ele é.

Você olha para ele, entende o que precisa ser feito e, com calma e atenção, começa a trabalhar. Você tira as ervas daninhas, rega o que está seco, planta novas sementes.

O ato de aceitar a realidade do jardim é o que te dá a lucidez e a tranquilidade para agir de forma eficaz.

A sua vida é o seu jardim. Aceitar a situação atual é o primeiro passo para começar a cultivá-la. É a partir desse ponto de paz interior que as ideias surgem, a motivação se fortalece e as ações se tornam mais claras e eficientes.

A transformação que você busca não está em um futuro distante; ela começa no momento em que você finalmente faz as pazes com o seu presente.

 

"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."

m. trozidio

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