A postura do observador: um convite a liberdade interior...
Em meio à agitação da vida moderna, nossos pensamentos, emoções e desejos parecem ser a nossa própria essência.
Sentimos medo e acreditamos que somos o medo. Sentimos
ansiedade e nos tornamos a ansiedade. Ficamos presos a um roteiro interno, onde
a cada novo sentimento ou pensamento, nos identificamos e nos fundimos com ele.
Mas e se houvesse uma forma de nos libertarmos dessa
identificação?
“A Postura do Observador” é a chave para essa libertação. Ela
é um convite para nos descolarmos do nosso mundo interno e, em vez de sermos os
atores principais, nos tornarmos a plateia.
O que é ser o Observador?
Ser o observador não significa reprimir ou ignorar o que
sentimos. Pelo contrário. É permitir que tudo venha à tona — a alegria, a
tristeza, o medo, a raiva — mas sem nos perdermos em cada uma dessas
experiências.
É como assistir a um filme. Você vê a história se desenrolar,
acompanha os personagens e as reviravoltas, mas sabe que não faz parte da tela.
Você não é o protagonista em crise, nem o vilão. Você é a consciência que
testemunha a cena, que vê tudo isso acontecer.
Quando adotamos essa postura, começamos a ver nossos medos,
pensamentos e desejos de uma nova perspectiva. Eles não são mais a nossa
identidade, mas sim apenas conteúdos que surgem na nossa consciência. Você
percebe que:
- Não
somos nossos pensamentos. Eles vêm e vão, como nuvens no céu. Você é o céu
imutável que os abriga, mas não é a nuvem.
- Não
somos nossos medos. O medo é apenas uma sensação, uma reação, que pode ser
sentida sem que você se torne refém dela.
- Não
somos nossos anseios. O desejo é uma energia que surge e se dissipa, mas a sua
essência permanece intacta, imperturbável.
Praticando a Observação
Para cultivar essa postura, sente-se em silêncio e
simplesmente observe a sua respiração, você treina a mente a se tornar um
observador.
Quando um pensamento surgir, em vez de se prender a ele, lembre-se
de que agora você é apenas um observador, você o reconhece e gentilmente o
deixa ir voltando sua atenção para a respiração.
No dia a dia, você pode aplicar a mesma técnica: quando sentir
uma emoção forte ou um pensamento insistente, pare por um momento e
pergunte-se:
"Quem está sentindo isso?" ou "Quem está
pensando isso?".
Essa simples pergunta cria um pequeno espaço de
distanciamento, um espaço onde a sua verdadeira natureza — a pura consciência —
pode emergir.
Adotar a Postura do Observador é um caminho para o
autoconhecimento profundo. É a jornada que nos leva a perceber que, por trás da
agitação da mente e do turbilhão das emoções, reside uma calma e um silêncio
interior.
Somos, em nossa essência, a pura Consciência que apenas
testemunha a grande peça da vida. E nessa percepção, encontramos a verdadeira
liberdade.
"Se
essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."
m.
trozidio
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