A feiura está no vidro, não lá fora...
Essa observação se dá através de uma lente, um vidro que pode se apresentar límpido e cristalino, ou turvo e empoeirado.
Assim, podemos contemplar um mundo exterior de beleza e harmonia, ou nos depararmos com uma realidade que nos parece impura, carregada de elementos que desaprovamos e que incessantemente buscamos transformar.
Persistimos em tentar purificar esse exterior de toda a sujeira que, ao longo da vida, acreditamos firmemente estar ali depositada, convencendo-nos da urgência dessa limpeza.
Infelizmente, alguns, obstinadamente, chegam ao fim da jornada sem compreender que a feiura não residia no mundo lá fora, mas sim na condição do vidro através do qual sempre olharam.
É como esfregar o espelho, para tirar uma sujeira que está em nosso rosto.
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