Janela de vidro...

Do âmago do nosso ser, contemplamos um mundo externo que, matematicamente, se conecta por elos obscuros, invisíveis à nossa percepção. É como se o víssemos através de um vidro: ora límpido e cristalino, ora sujo e empoeirado. Por essa lente interna, o mundo se revela belo e harmonioso, ou, ao contrário, turvo e carregado de crostas psicológicas nocivas, desmotivadoras, deprimentes e revoltantes. Nessa perspectiva, tentamos corrigir o que está fora, ajustá-lo, modificá-lo, pois honestamente cremos que ali reside a chave para a felicidade. Insistimos em limpar o mundo de uma sujeira que, por toda a vida, acreditamos estar depositada nele. Observamos, então, o mundo por essa janela de vidro. E alguns, com sua teimosia e persistência, chegam ao final da jornada e, finalmente, compreendem: Não era o mundo lá fora que era feio e sujo. Percebem que passaram a vida inteira tentando purificar esse mundo, endireitar as pessoas, acertar, arrumar, enfim, moldar a vida à sua própria vontade. Até qu...